PMs decidem amanhã se haverá mobilização da categoria
Após marcar reunião por três vezes, Governo do Estado ainda não se posicionou sobre o cumprimento da Lei 273 e reformulação das legislações.
Soldados, cabos, sargentos e subtenentes da Polícia Militar vão se reunir em assembleia nesta sexta-feira, às 13h, no Clube Tiradentes para decidir se haverá mobilização por parte da categoria, pois após o prazo de vinte dias dado ao governo estadual para um posicionamento em relação às reivindicações nada ainda foi decidido.
“A categoria pede agilidade do governo. Por três vezes a reunião com o secretário de Administração e Recursos Humanos foi remarcada: primeiro seria hoje ao meio-dia, depois passou para as cinco da tarde e agora foi remarcada para amanhã às 10h. Estamos fazendo nossa parte com responsabilidade, o Comando pediu vinte dias e nós demos, agora resta ao Estado atender os pleitos, não aceitaremos tratar a segurança da população com indiferença”, explica o cabo Jeoás Nascimento dos Santos, presidente da Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar.
As principais reivindicações dos policiais militares são: o cumprimento da Lei 273 que trata sobre o reajuste do piso salarial dos policiais e bombeiros militares, que deveria ser anual junto com os reajustes do salário mínimo. A outra exigência da categoria é a reformulação do Estatuto da Polícia Militar e do Código de Ética e Disciplina.
“Esperamos que o governo seja sensível e cumpra a lei que vem sendo descumprida desde 2005. Se recebermos uma negativa, iniciaremos amanhã um movimento legal, cidadão e democrático para que o governo perceba a necessidade de valorizar a corporação e de dar prioridade a segurança pública para o povo potiguar”, afirma o presidente da ACS PM/RN.
Ainda de acordo com ele o Governo do Estado tem condições de atender o pleito da categoria. “Estudos realizados pelo Dieese demonstram um crescimento constante das arrecadações no primeiro semestre. A arrecadação das receitas correntes cresceu nesse período 2,94%, em relação a 2008, e a arrecadação da receita tributária cresceu 7,18% pela mesma variação. Embora as transferências constitucionais relativas ao FPE tenham caído no início do ano, nos últimos meses elas voltaram a crescer numa média de 2,91%. Portanto, o governo não poderá alegar falta de recursos financeiros para atender a categoria”, enfatiza.
Durante a assembleia também será lançada a Campanha Fome Gera Violência que pretende arrecadar alimentos não-perecíveis entre os policiais, familiares e sociedade em geral no período de 21 de agosto a 7 de setembro. Os alimentos serão destinados a instituições de assistência a idosos, crianças e vítimas de violência.
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