sábado, 31 de outubro de 2009



PF divulga nota e imagens do assalto em Montanhas

Agentes da Polícia Federal se depararam com dois assaltantes que roubavam a agência dos Correios daquele município. Houve troca de tiros.



A Polícia Federal divulgou as imagens do assalto realizado à agência dos Correios no município de Montanhas. O crime foi cometido por dois homens nesta sexta-feira (30). No momento da fuga, no entanto, eles foram surpreendidos por agentes da PF que estavam na cidade.

Confira nota:

A Polícia Federal no Rio Grande do Norte informa que por volta das 09h30 desta sexta-feira(30), dois Agentes de Núcleo de Operações entregavam intimação na cidade de Montanhas/RN, distante cerca de 80 km da capital, quando se dirigiram até os Correios em busca de uma informação e se depararam com dois homens que tinham acabado de praticar um assalto contra aquela agência.



Na tentativa de abordagem, houve troca de tiros entre os policiais e os suspeitos, os quais conseguiram fugir numa motocicleta em direção a cidade de Pedro Velho/RN, levando o produto do roubo. A viatura descaracterizada da PF foi atingida por dois projéteis, um no pára-choque e outro no vidro lateral traseiro.



A Superintendência da PF em Natal tão logo tomou conhecimento dos fatos deslocou equipes para auxiliar nas buscas, mas até o início da noite os foragidos não haviam sido localizados.

Toda a ação dos criminosos, que utilizavam capacete, foi filmada pelo circuito interno da agência.

Fonte Nominuto.com

Estresse Policial


Nós policiais militares no nosso cotidiano presenciamos a violência, a brutalidade e a morte. Além do mais, a profissão de policial militar é uma atividade de alto risco, onde o policial em defesa da sociedade pode vim a perder a vida.

Existem fatores que ocorrem dentro da própria instituição policial militar, que fazem com que o policial venha a sofrer de estresse, são elas:
• À jornada de trabalho excessiva;
• A falta de segurança no trabalho (coletes e armas);
• O acompanhamento médico inexistente;
• O tratamento dos superiores para com o subordinado;
• A ausência do reconhecimento de um bom trabalho dentro da instituição;
• A alimentação;
• A escala extra, e,
• A carência de uma perspectiva de crescimento das praças dentro da corporação.

Os principais sintomas são a exaustão física, psíquica e emocional que decorrem de uma má adaptação do indivíduo a um trabalho prolongado e com uma grande carga de tensão.

Os fatores como a violência, a brutalidade e a morte, e os sintomas de exaustão física, psíquica e emocional, refletem na nossa vida social e familiar.

Prejudicando assim a qualidade da prestação de serviço de segurança púbica a sociedade.

Precisamos urgentemente mudar esta realidade. E somente nós policiais junto com a sociedade poderemos realizar esta mudança.




Fonte: blog Cb Heronides

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Oficiais da Policia Militar derrubam tabela aprovada em assembleia da categoria

Palavras do Cabo Jeoás

Oficiais da Policia Militar, se mobilizam e fazem retornar o processo do vergonhoso reajuste que já estava tramitando no Gabinete da Casa Civil.

Oficiais da Policia Militar do RN que não se mobilizaram juntamente com a pequena organização das praças que já acontecia deste fevereiro deste ano, e que ganhou notoriedade desde agosto, quando da oportunidade da primeira assembleia das praças, agora querem pegar carona e o mais grave desconstruindo o trabalho das praças.

Os praças que ainda continuam mobilizados para Assembleia Geral no dia 14 de novembro podem até antecipar a data, essa atitude das Associações das praças dependem do posicionamento do Comandante Geral da corporação que anda não se pronunciou.

As praças que aceitaram um reajuste de apenas 1%, podem agora radicalizar e apresentar uma nova proposta que se aproxime as reivindicações salariais em nível nacional, compatível com o cumprimento da proposta de piso salarial nacional de R$ 4300,00 para o soldado.

Estados como Sergipe, Distrito Federal, Tocantins, Goiás e até o Maranhão estão em negociação para implementação desta proposta. O caso do RN poderá até desencadear uma onda em nível Nacional pela reivindicação da proposta. "Já contatamos a Associação Nacional que estará presente aqui na Assembleia do dia 14 e até antes se necessitar. Não aceitaremos outro descumprimento da palavra do Comando da PM, nem do Governo do Estado como aconteceu em 2007" afirma Jeoás Santos, Presidente da ACS-PM/RN e Diretor Regional da Associação Nacional - ANASPRA.

Palavras do Cabo Heronides

Se realmente não for cumprida a tabela aprovada pela categoria em Assembleia, deveremos lutar pelo piso salarial nacional de R$ 4.300,00. Não aceitaremos nenhuma mudança nos valores da tabela, valores estes ridículos comparados com o trabalho policial militar.

Se a tabela não agradou os oficiais, foi devido à falta de apoio dos mesmos durante o movimento. Durante estes 7 (sete) anos de lutas os oficiais nunca participaram e sempre colheram os frutos das mobilizações. Agora que não vão colher nada, não querem deixar nós praças colhermos os nossos frutos.

Não queremos de nenhuma forma erguer ainda mais a parede que existe separando os oficiais e praças da Policia Militar. Queremos que eles não prejudiquem a categoria das praças devido a sua vaidade e orgulho existentes, ou seja, senão quiserem ajudar por favor não atrapalhem.

Nós praças e oficiais poderemos caminhar juntos, por uma Polícia Militar mais justa para ambas as categorias, e para uma melhor prestação de Segurança Pública para a sociedade.

Vejam como é importante a participação de cada um no Movimento.

MOBILIZAÇÃO URGENTE

COMPANHEIROS ESTEJAM ATENTOS... PODEMOS ANTECIPAR A ASSEMBLEIA

UNIDOS SEREMOS SEMPRE E CADA VEZ MAIS FORTES!

Fonte: Blog do cb Heronides

LEI Nº. 9.255, DE 14 DE OUTUBRO DE 2009 - Transcrita do DOE de 15/10/2009 – Edição nº. 12.070.

Dispõe sobre estabelecer normas para a comercialização, confecção e distribuição de vestuário próprio da Polícia Militar, da Polícia Civil, do Corpo de Bombeiros Militar e dos demais Órgãos de Segurança Pública do Estado do Rio Grande do Norte e dá outras providências.
A GOVERNADORA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE: FAÇO SABER que o Poder Legislativo decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1º O uniforme, a farda, o distintivo e a insígnia da Polícia Militar, da Polícia Civil, do Corpo de Bombeiros Militar e dos demais Órgãos de Segurança Pública do Estado do Rio Grande do Norte somente poderão ser vendidos ao Órgão ou à incorporação ou a servidor ou militar dele integrante.
§ 1º A venda direta dos produtos relacionados no caput deste artigo a servidor ou militar depende de autorização expressa do Órgão ou da Corporação a que pertença.
§ 2º Na confecção ou fabricação os produtos mencionados no caput receberão marcação numérica que os identificará.
§ 3º Os produtos mencionados no caput não poderão ser doados após a sua vida útil e uso regular.
Parágrafo único.  Consideram-se uniformes, além da indumentária própria, as peças complementares destes, tais como quepes, gorros, emblemas, distintivos, insígnias e braçais.
Art. 2º A confecção, a distribuição e a comercialização de uniformes, fardas, distintivos e insígnias da Polícia Militar, da Polícia Civil, do Corpo de Bombeiros Militar e dos demais Órgãos de Segurança Pública do Estado do Rio Grande do Norte dependem de autorização do Poder Executivo.
§ 1º O Poder Executivo manterá cadastro das pessoas físicas ou jurídicas que atuem nas atividades previstas no caput deste artigo.
§ 2º O comprovante da autorização a que se refere o caput deste artigo ficará exposto em lugar visível nos locais de confecção, distribuição ou comercialização dos produtos de que se trata esta Lei.
Art. 3º As pessoas físicas ou jurídicas que comercializem os produtos de que trata esta Lei manterão cadastro com o registro da identificação do militar ou servidor público que os adquirir e do produto adquirido.
Parágrafo único.  As pessoas físicas e jurídicas a que se refere o caput deste artigo encaminharão ao Poder Público, a cada mês, relatório das vendas realizadas, com a identificação do comprador.
Art. 4º O descumprimento do disposto nesta Lei sujeita o infrator às seguintes sanções administrativas:
I - advertência, na ocorrência da primeira infração;
II - multa mínima de R$5.000,00 (cinco mil reais) e máxima de até R$ 50.000,00 (cinqüenta mil reais), em caso de reincidência;
III - apreensão da mercadoria;
IV - cassação da autorização para confecção, distribuição e comercialização dos produtos de que trata esta Lei, após a terceira infração.

                                           BG Nº. 193 de 15 de outubro de 2009                                  2976

§ 1º O valor da multa a que se refere o inciso II do caput deste artigo será fixado tomando como base a gravidade da infração e o poder econômico do infrator, na forma do regulamento.
§ 2º As sanções previstas neste artigo poderão ser aplicadas cumulativamente.
Art. 5º Os valores arrecadados em conseqüência da aplicação desta Lei constituir-se-ão em recursos adicionais à cota da Secretaria de Estado de Segurança Pública.
Art. 6º O Poder Executivo regulamentará esta lei por ato próprio.
Art. 7º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Palácio de Despachos de Lagoa Nova, em Natal, 14 de outubro de 2009, 188º da Independência e 121º da República.
WILMA MARIA DE FARIA
Agripino Oliveira Neto

domingo, 25 de outubro de 2009


Assaltantes fazem arrastão em ônibus de turistas no Litoral Sul




assageiros de um ônibus da empresa de turismo Papatour viveram momentos de tensão durante um assalto na manhã deste domingo (25) na praia de Camurupim, Litoral Sul do Rio Grande do Norte. Cinco homens armados de revólveres e facas foram os responsáveis pelo arrastão. Dinheiro, cartões de crédito, documentos e pertences das vítimas, tudo foi levado pelo bando, que fugiu a pé sem ser incomodado.

Júnior SantosÔnibus com turistas foi assaltado na praia de CamurupimÔnibus com turistas foi assaltado na praia de Camurupim

O assalto ocorreu às 9h45, no momento em que os turistas desciam do ônibus para um restaurante. Cerca de cinco dos 31 passageiros já haviam saído do veículo quando os assaltantes se aproximaram e mandaram todos voltarem para dentro. Quatro suspeitos subiram no ônibus para o arrastão, enquanto outro ficou dando cobertura aos comparsas na rua.

Sob a mira de revólveres, os turistas foram ameaçados e obrigados a entregar tudo o que tinham. Um dos passageiros, o professor carioca Marcos Teodoro, relatou que o assalto aconteceu em um forte clima de tensão. Os bandidos chegaram a encostar facas no pescoço das vítimas, e deixaram as pessoas assustadas, sobretudo os idosos, que eram maioria entre os ocupantes do ônibus.

Após o arrastão, os cinco assaltantes fugiram a pé. De acordo com o motorista do ônibus, eles só deixaram o veículo quando perceberam a movimentação do lado de fora. O dono de um restaurante nas proximidades acionou a polícia, mas o socorro só chegou meia hora depois do assalto.
Júnior SantosO professor Marcos Teodoro era um dos passageiros do ônibus de turismoO professor Marcos Teodoro era um dos passageiros do ônibus de turismo

Como se não bastasse o perigo a que ficaram expostos, os passageiros ainda tiveram mais transtornos após o assalto. Logo após o crime o ônibus foi até a Delegacia de Nísia Floresta para prestar queixa sobre o ocorrido, porém por falta de pessoal, não foi possível fazer o Boletim de Ocorrência. As vítimas tiveram de se deslocar até a Delegacia de Plantão da Zona Sul para realizar o procedimento. 

O professor Marcos Teodoro reclamou da falta de policiamento e disse não ter visto nenhuma viatura fazendo a segurança do local. Ao ser perguntado que imagem seria levada de Natal, o carioca disse já conhecer a cidade, e lamentou pelas outras vítimas.

Blitze na zona norte previne assaltos e outros crimes




Uma operação para coibir assaltos, tráfico de drogas e porte de armas levou o comando do policiamento metropolitano a montar blitze nos principais "corredores de risco'' e em caminhos que levam a praias na Zona Norte. Na tarde e na noite deste sábado, as abordagens estão sendo feitas na avenida Moema Tinôco, que leva à Jenipabú, e na estrada da Redinha. "A prioridade são ônibus, vans e taxis, meios que têm se configurado entre os principais alvos dos bandidos. 

Júnior SantosPoliciais do 4o- Batalhão da PM, fazem blitz na av Moema Tinoco, no bairro Pajuçara.Policiais do 4o- Batalhão da PM, fazem blitz na av Moema Tinoco, no bairro Pajuçara.

Motos e carros também estão, no entanto, sendo parados'', disse o sargento Ribeiro, que estava à frente da operação na região, com o apoio do efetivo do 4 Batalhão da Polícia Militar. A ação, segundo ele, vem sendo realizada há pelo menos 10 dias e é itinerante. Até esta tarde, nenhuma apreensão havia sido realizada, de acordo com o sargento. 

O vendedor Marcílio Lima, passageiro de um dos ônibus abordados, aprovou a ação. "Todo meio de prevenção é positivo, não é?'', disse ele. Cerca de 10 policiais dão apoio às abordagens em cada barreira.


fonte: tribuna do norte

Bombeiros controlam incêndio no San Vale


Um incêndio no bairro do San Vale, Zona Sul, mobilizou o Corpo de Bombeiros na manhã deste domingo (25) na capital potiguar. A ocorrência foi registrada às 9h20 em um matagal por trás do Sam's Club. Apesar de ter assustado, o fogo foi rapidamente controlado pelos bombeiros e não causou prejuízos. Outros possíveis focos de chamas foram combatidos por prevenção.

Júnior SantosBombeiros controlaram incêndio em um terreno baldio, no San Vale, proximo ao Sam´s ClubBombeiros controlaram incêndio em um terreno baldio, no San Vale, proximo ao Sam´s Club

O sargento Filgueira, do Corpo de Bombeiros, trabalha com duas hipóteses para o início do fogo. A primeira é que as chamas tenham sido provocadas por um cigarro jogado nas proximidades do matagal. A outra é que a alta temperatura do sol tenha causado o incêndio na mata seca.

Para evitar ocorrências parecidas, o Corpo de Bombeiros recomenda à população alguns cuidados, como evitar jogar cigarro na pista e não atirar lixo em ambientes com mata, um possível foco de incêndios. De acordo com o sargento Filgueira um simples objeto de vidro pode causar incêndios pelo reflexo com o sol. Os bombeiros pedem ainda que as pessoas evitem queimar lixo em terrenos baldios.
Fonte: tribuna do norte


Entre as denúncias referenes a homicídios, delegado garante que tem 50 casos e boa parte envolve policiais


Delegado revela a promotor que tem medo de apurar homicídios



As constantes execuções registradas na grande Natal nos últimos dias não são fatos isolados. Para a própria polícia, existem vários grupos de extermínio atuando na região. Na maioria das vezes, as brigas por pontos de droga ou a cobrança de dívidas também referentes às drogas estão tirando a vida de jovens. Em alguns casos, cogita-se a participação de policiais. Inclusive, um delegado da zona Norte chegou a confessar a um promotor que tem medo de investigar homicídios.

Só nesta semana, foram registrados pelo menos seis mortes com características de execução, como o caso do ex-policial militar Jefferson Lino de Souza, de 42 anos. Ele foiassassinado na quarta-feira (21), em uma borracharia no Cidade Verde. Segundo a polícia, Jefferson fez parte da quadrilha de Valdetário Carneiro e era envolvido com o tráfico de drogas.

Para o promotor criminal Wendell Betoven, a suspeita de participação de vários grupos de extermínio realmente existe. No entanto, ele ressaltou que ainda não pode comprovar isso, pois não existem investigações concretas por parte da polícia. "Pela repetição dos fatos, a gente desconfia. Mas, não passa de 'achologia'. Como promotor, tenho que trabalhar com provas, que vêm a partir de inquéritos e, infelizmente, eles não chegam aqui com informações suficientes, principalmente, os da zona Norte".

De lá, inclusive, vieram relatos que chamaram a atenção do promotor. Ele disse a reportagem do Nasemana que recentemente recebeu a visita de um delegado que denunciou: "Tenho 50 homicídios na delegacia e boa parte deles com envolvimento de PMs. Porém, tenho medo de investigar".

De acordo com o promotor Wendell Betoven, esse medo citado pelo delegado é proveniente da falta de estrutura do aparato policial. "Eles não recebem apoio da Polícia Civil e por isso temem em se aprofundar nesses casos. Infelizmente, a falta de estrutura impede o trabalho bem feito. Um homicídio, por exemplo, tem que ser apurado no calor dos fatos, que é quando as testemunhas falam e as provas ainda existem. Mas, o que vemos é a investigação começando três meses ou até seis meses depois", diz.



Nesta semana, durante uma entrevista coletiva na Secretaria Estadual da Segurança Pública e Defesa Social, o titular da Divisão Especial de Investigação e Combate ao Crime Organizado (Deicor), Ronaldo Gomes, chegou a dizer que atualmente vários grupos de extermínio são investigados. "Essas mortes não estão relacionadas a um só grupo, são vários que atuam na grande Natal". 

O delegado não falou em envolvimento de policiais. No entanto, ele citou a prisão na terça-feira (23) de um bando responsável por pelo menos sete homicídios. Luciano Costa da Silva, o "Negão"; Lindomar Silva do Nascimento, o "Liro"; Jeferson de Souza Almeida, o "Fefé"; Fagner de Souza, o "Fafá"; e Jacques Samuel de Lima foram presos depois da morte de Eliaquim Soares de Freitas, 20, o "Alecrim". O jovem tinha sido assassinado justamente por ser um informante da polícia sobre o tráfico de drogas, motivo pelo qual a quadrilha matava suas vitimas. 

"Se não combater o tráfico, esse povo vai continuar se matando", alerta Wendell Betoven. O promotor citou também como exemplo as prisões realizadas na quarta-feira (21) dos soldados Wendel Fagner Cortez de Almeida e Marcelo Galdino Galvão, ambos da 1ª Companhia do 4º Batalhão da Polícia Militar.

A dupla era acusada de tortura e envolvimento com o tráfico. "Esses policiais chegaram a forjar flagrantes de apreensão de drogas. Com isso, eles perderam a total credibilidade. Todo mundo que foi condenado em processos que eles constavam como testemunhas vai recorrer e poderá ser inocentado, mesmo que, de fato, tenha cometido o crime".

Outro problema destacado pelo promotor Wendell Betoven que dificulta a ação de combate aos grupos de extermínio é o medo que as testemunhas sentem em relatar as ocorrências. "Apesar disso, nós destacamos que é mais seguro nos passar informação do que ficar no baú, como costumamos dizer". Ele explica que nos casos em que as pessoas passam informações e solicitam o programa de proteção a testemunha, passa a ter uma maior segurança.

Nesta semana, na segunda-feira (19), um triplo homicídio no Bom Pastor também chamou atenção pela forma como foi realizado. Oito homens encapuzados e fortemente armados invadiram a casa localizada na rua dos Paianases e executaram Wagner Ferreira de Oliveira, 16, Daniel Ferreira de Oliveira, 25, e Ilário Valério. Durante o crime, os homens chegaram a dizer que eram da polícia.

Em relação a esse caso, o Nasemana questionou ao comandante Geral da Polícia Militar, coronel Marcondes Pinheiro, sobre a possibilidade de envolvimento de PMs. "Eu não posso dizer que um policial cometeu um crime. É preciso investigar para depois afirmarmos alguma coisa".

Homicídios

Na próxima semana, a ouvidoria da Secretaria de Justiça e Cidadania fechará o relatório de homicídios do primeiro semestre em Natal. No entanto, os dados preliminares apontam crescimento, principalmente na zona Norte de Natal. 

No bairro de Nossa Senhora da Apresentação, por exemplo, considerado um dos mais violentos da capital, até julho deste ano foram contabilizados 36 assassinatos. No ano passado inteiro, foram 40 homicídios. 

Em Lagoa Azul, também na zona Norte, foram 40 homicídios em todo o ano de 2008 e 26 nos sete primeiros meses deste ano. Já no Pajuçara, até julho se contabilizou 18 assassinatos. Nos 12 meses de 2008, foram 31 homicídios.

Na zona Oeste de Natal, também se registra aumento. Em Felipe Camarão, em 2008, ocorreram 26 mortes violentas. Nos sete primeiros meses deste ano foram registrados 24

José e Ivanildo são acusados de assalto. Quem os reconhece deve procurar a delegacia.

Dois são presos após assaltarem posto de combustíveis



A Polícia Militar em Extremoz prendeu neste sábado (24) dois jovens acusados de roubar um carro e, em seguida, assaltar um posto de combustíveis. Ivanildo Vladeslau da Silva, de 25 anos, e José Henrique da Silva, de 20 anos, estavam armados e foram presos com dinheiro levado do posto.

De acordo com o comandante do pelotão de Extremoz, tenente Couceiro, a dupla roubou o veículo Palio Weekend, de placas MYX-1544, por volta das 14h30, na Redinha. Uma hora depois, eles se dirigiram a um posto de combustíveis.

“Lá, a dupla comprou cervejas e pediu que o frentista colocasse R$ 50 de gasolina. No momento em que o funcionário do posto fechava o tanque do carro, eles anunciaram o assalto”, contou tenente Couceiro.

A partir daí, a polícia foi acionada e saiu em diligência em busca dos acusados. “Eles começaram a fugir em direção a Ceará-Mirim. Com isso, fizemos o contato via rádio, que possibilitou a integração entre as polícias e facilitou a prisão”, destaca.

Durante a perseguição, Ivanildo e José Henrique bateram em outro veículo. Os dois foram detidos e conduzidos à delegacia de Plantão da zona Norte, onde foram autuados. A polícia pede que quem tiver sido vítima de algum crime cometido pelos dois procure a delegacia da Polícia Civil de Extremoz ou Ceará-Mirim.


Fonte: nominuto.com

Fonte 







 

Proposta de Emenda Constitucional que propõe a criação de um piso salarial único para os policiais e bombeiros militares, a PEC 300 poderá ser votada ainda este ano. Esta é a expectativa do deputado federal Elismar Prado (PT), membro da comissão especial que analisa a proposta.

A isonomia salarial dos servidores militares estaduais é um tema discutido nacionalmente. A discussão chegou a Uberaba ontem, na sede da CDL, e foi tema de audiência realizada pelo Centro Social dos Cabos e Soldados da Polícia Militar e Bombeiro Militar, presidido pelo cabo Álvaro Rodrigues Coelho.

Para o deputado, a remuneração dos policiais não pode ser inferior ao que se paga aos policiais do Distrito Federal. “Estamos realizando várias audiências no sentido de chamar a atenção da sociedade para a necessidade imediata de estabelecer uma política de valorização dos profissionais da área de segurança pública”, salientou.

Prado enfatizou ainda que os policiais de Minas Gerais têm um dos piores salários do Brasil e que o objetivo da PEC é devolver a dignidade a estes profissionais. Durante a audiência, o deputado explicou que a proposta não é uma questão política e sim de Estado, por isso todos os governadores serão cobrados, independentemente do partido.

Segundo dados divulgados pelo Centro Social, enquanto um soldado 1ª classe do Distrito Federal recebe salário de R$ 4.129, o de Minas tem remuneração de R$ 1.774. A diferença salarial entre os policiais mineiros e do Distrito Federal é de no mínimo 50%.

A previsão de entrega do parecer da comissão é início de novembro. Ele garantiu que haverá uma grande mobilização nacional com o desafio de incluir a proposta na ordem do dia da Câmara. Serão necessários 308 votos favoráveis para que a PEC seja aprovada. Ele salientou que o ano legislativo está terminando e lembrou que a principal peça a ser votada será o orçamento para o ano que vem, o que consome muito tempo no plenário. “Vamos fazer uma pressão, a PEC vai estar pronta para votação e queremos incluí-la este ano”, concluiu.



sábado, 24 de outubro de 2009


Reitor da Uern tem carro parado por tiro de policial

Milton Marques se dirigia para a Assu, onde acompanharia a governadora em visita oficial, quando teve Blazer confundida com carro usado em seqüestro.

PMs confundiram carro do reitor com o de bandidos.
O reitor da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Uern), Milton Marques de Medeiros, teve seu carro, uma caminhonete Blazer, parado ontem (23) pela manhã por policiais militares que acertaram um dos pneus do veículo com um tiro.

O policiais participavam de uma perseguição a bandidos que teriam realizado um seqüestro, após um assalto, no município de Upanema. Os PMs acharam que o carro do reitor poderia ser o usado para cometer os crimes.

Após o motorista que guiava a Blazer e o próprio reitor serem abordados por policiais de arma em punho, um deles reconheceu Milton Marques e percebeu o engano. Assim, foram liberados e ele seguiu para Assu, onde iria acompanhar a governadora, que tinha agenda oficial na cidade.

O motorista do reitor e ele próprio só vieram perceber que o que havia danificado o pneu havia sido uma bala mais tarde, já em Mossoró, quando estava sendo reparado. Eles haviam pensado que tinha sido um prego ou algum tipo de objeto cortante.

As vítimas do seqüestro em Upanema foram liberadas pelos bandidos no mesmo dia, nas proximidades da BR-304.

Depoimento agrava situação de PMs


Rio (AE) - O coordenador de percussão do AfroReggae, Anderson Elias dos Santos, o Dada, uma das primeiras pessoas a chegar ao local onde o coordenador de projetos sociais da entidade, Evandro João da Silva, foi baleado durante assalto, no centro do Rio, disse que o coração ainda batia, 50 minutos depois de a vítima ter sido atingida, na madrugada de domingo passado. “Coloquei a mão no peito dele e o coração estava batendo. O policial falou que era normal o coração continuar batendo”, disse Dada.

O cardiologista Carlos Scherr disse que o coração pode continuar batendo minutos depois da morte em um ritmo irregular, com contrações esporádicas que não nutrem mais todos os órgãos, ou, no caso de morte cerebral, quando continua a bater normalmente. “Um leigo pode conseguir diagnosticar isso, se tiver feito o curso de BLS (verificação de sinais vitais, na sigla, em inglês)”, disse ele.

Dada disse que estava em casa quando recebeu um telefonema dizendo que o amigo tinha sido baleado. Ele chegou na esquina da Rua do Carmo com a Rua do Ouvidor quando o corpo de Evandro ainda estava no chão. “Ele não se mexia mais. Segurei a cabeça dele e coloquei a mão no peito. Não procurei outro sinal vital porque era um momento muito delicado”, contou ele ontem, no Quartel-General da Polícia Militar.

Havia no local dois PMs, ainda não identificados. “Não sei se já tinham verificado (os sinais vitais), mas só saí de lá depois de o corpo ter sido recolhido e em nenhum momento chegou uma ambulância ou qualquer outro tipo de socorro”, afirmou o percussionista, que disse ter se sentido impotente diante da situação. “Foi uma sensação de total incapacidade, por não ter conseguido salvar o meu amigo que lutava justamente para que essas coisas não acontecessem.”

O comandante da PM, Mario Sergio Duarte, afirmou que todos os policiais recebem curso de verificação de sinais vitais. Segundo o coronel, esses dois policiais também serão investigados pelo Inquérito Policial Militar que apura os desvios de conduta e crimes cometidos pelo capitão Dennys Leonard Nogueira Bizarro e pelo cabo Marcos de Oliveira Salles, que abordaram e liberaram os assaltantes que atiraram em Evandro, não o socorreram e pegaram objetos roubados da vítima. “Eles deveriam ter verificado os sinais vitais. Temos de particularizar cada situação, mas todos os PMs envolvidos serão inquiridos. Sabemos que pelo menos mais duas guarnições estiveram no local”, disse Duarte, sem precisar o número exato de PMs investigados.

Governador exonera porta-voz da PM

Rio (AE) - O governador Sérgio Cabral (PMDB) exonerou o chefe do Setor de Relações Públicas da Polícia Militar, major Oderlei Santos Alves de Sousa. Para Cabral, ele se comportou como “advogado” dos PMs que não socorreram o coordenador do AfroReggae, Evandro João da Silva, assassinado na madrugada de domingo após um assalto. Eles também roubaram os pertences de Evandro, que os ladrões haviam levado. 

“Ele não se comportou como porta-voz da instituição. Ele se comportou como advogado de defesa dos policiais. Isso eu não admito. Há registros contundentes de um mal comportamento de um capitão. Ele não merece ser porta-voz da instituição Polícia Militar”, disse Cabral, ontem de manhã, depois de participar de evento na Federação de Comércio. Sousa havia dito ontem que o capitão Denis Leonard Nogueira Bizarro e o cabo Marcos de Oliveira Salles não podiam “ser chamados de criminosos” e se referiu ao episódio como “desvio de conduta”.

Uma declaração do coordenador executivo do AfroReggae, José Júnior, provocou constrangimento ontem, em um encontro com o comandante-geral, Mario Sergio Duarte. “Recebi e-mails de PMs dizendo que estão com vergonha da farda, mas eles não têm nada a ver com esses marginais fardados”, disse Júnior. À imprensa, Duarte contestou. “Não havia necessidade (da fala), tomei isso como ofensa à corporação.”

A pedido do Ministério Público Militar, a Justiça Militar determinou ontem a prisão preventiva do capitão e do cabo. Eles estão presos administrativamente, mas seriam soltos ainda hoje. O titular da 1ª Delegacia de Polícia, José Luiz Silva Duarte, disse que não vai chamar os PMs novamente para depor. A polícia recebeu oito denúncias contra os assaltantes, mas, até as 20 horas, eles ainda não haviam sido capturados. 

Quarenta e duas pessoas morreram em confrontos

Rio (AE) - A caçada policial aos traficantes acusados de derrubar o helicóptero da Polícia Militar no dia 17 chegou ao asfalto e aterrorizou os moradores do bairro da Penha, na zona norte do Rio, onde um apartamento pegou fogo após ser atingido por uma bala perdida e fechou a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) que funciona em um parque. Ontem, seis corpos foram encontrados na favela do Fumacê, em Realengo (zona oeste), aumentando para 42 o número de mortos no Rio desde o início dos confrontos, há uma semana. Quatro estavam em uma lixeira e dois na rua. Até o início da noite, a polícia não tinha informações sobre o motivo do crime.

Na Vila Cruzeiro, 180 policiais do 16º Batalhão de PM foram recebidos a tiros. Três pessoas ficaram feridas por balas perdidas. Expedito José Rodrigues, de 57 anos, foi baleado na perna, e o veterano da Força Expedicionária Brasileira (FEB) Brunio de Barros, de 86, ferido de raspão no tórax. Os dois não correm risco de morte, mas o estado de Severino Marcolino dos Santos, de 51, é grave. Ele foi baleado no rosto.

À tarde, o tiroteio continuou. Moradora do apartamento 403 de um prédio na Rua São Camilo - cuja janela da sala tem vista para Vila Cruzeiro localizada a 500 metros - a aposentada Maria José da Costa, de 50 anos, se escondia na cozinha quando foi surpreendida com a explosão da TV na sala.

São Gonçalo vive dias de medo


são Gonçalo do Amarante, município integrante da região metropolitana de Natal, está diante de um desafio: ou passa por uma reformulação urgente em seu sistema de segurança ou corre o risco de chegar a uma situação fora de controle. A estatística dos homicídios ocorridos na cidade demonstram a escalada da violência. Até julho deste ano 35 pessoas foram assassinadas, o mesmo número registrado em todo o ano de 2008. 


Alex RégisNa delegacia do município aumentam os registros de crimesNa delegacia do município aumentam os registros de crimes
Os números são da Coordenadoria de Direitos Humanos do RN. O estudo diz ainda que a maior parte  das vítimas (14) tinha entre 16 e 20 anos, e que 77,14% delas (27) não tinha alcançado ainda os 25. Outra estatística alarmante é a que demonstra que em 2004, 20 homicídios foram registrados no município. Isto é, em quatro anos o número de mortes quase que dobrou. 

São Gonçalo tem uma geografia que dificulta o policiamento. A população se espalha pela sede do município, e ainda pela área limítrofe com a capital, como os bairros de Jardim Lola e Igapó e ainda cerca de 60 distritos rurais. A estrutura policial ainda é deficiente e não consegue atender à demanda. Uma única delegacia, por exemplo, investiga atualmente cerca de 200 inquéritos. 

O coordenador de Direitos Humanos do estado, Marcus Dionísio, explica que São Gonçalo faz parte de uma franja de criminalidade que envolve as cidades que rodeiam Natal. E que a violência migra  à medida em que a polícia começa agir em áreas específicas. “São Gonçalo e Extremoz ocupam hoje o lugar que era ocupado até pouco tempo por Parnamirim e Macaíba”, disse Marcus Dionísio. 

Extremoz também passa por uma grave escalada na violência. O número de homicídios pulou para 20 em todo o ano de 2008 para 24 até julho deste ano. Segundo o coordenador de Direitos Humanos, ambas as cidades têm os mesmos problemas das áreas periféricas de Natal. Falhas que demonstram a ausência do poder público e incentivam a ação dos criminosos. 

Irregularidade fundiária, áreas com pouca iluminação e calçamento, e deficiência nos sistemas de saúde, educação e segurança foram alguns dos problemas listados por Marcus Dionísio. “Há ainda a perversidade da existência de uma cultura de massa consumista e o contraponto de uma distribuição de renda irregular. Além do papel da presença do crack nas comunidades”, frisou. 

Do outro lado do processo, o coordenador de Direitos Humanos se preocupa com duas situações em especial. A primeira diz respeito à falta de um sistema público de tratamento de jovens dependentes de drogas e a generalização dos homicídios, como se todos fossem cometidos pelos conflitos gerados no tráfico de drogas. 

Conselheiros tutelares comprovam problemas

Em 2008, os conselheiros tutelares de São Gonçalo vinham acompanhando um adolescente dependente de drogas e encontraram, como solução para o caso, uma vaga para que o jovem fosse internado e ficasse sob tratamento na capital. A avó do rapaz, contudo, não assinou a internação. Sem conseguir abandonar o vício, este ano ele foi assassinado em plena praça central do município. 

Esse é apenas um exemplo dos diversos casos de violência contra crianças e adolescentes, ou mesmo de violência provocada por eles, que chegam ao conhecimento do Conselho Tutelar. “Realmente a situação dos nossos jovens é cada vez pior. Temos muitos problemas com drogas na cidade e não contamos sequer com uma casa de apoio. Dependemos de vagas em Natal”, lamenta a conselheira Ceuza Maria da Silva.

Segundo ela, a sensação de insegurança é geral na cidade e muitas vezes crianças e adolescentes acabam envolvidos. “Tem bastante ocorrência de assaltos a mão armada cometidos por jovens, que são utilizados pelos mais velhos para praticar os crimes, pois se forem apreendidos passam no máximo três anos privados de liberdade”, aponta a conselheira. Um grupo criminoso, preso recentemente na cidade, era comandado por um rapaz de apenas 18 anos. 

Os atos infracionais cometidos pelos que ainda não chegaram à maioridade nem sempre são comunicados à polícia, o que dificulta ainda mais o trabalho do Conselho Tutelar. 

“A população tem de entender que precisa fazer os BOs, mesmo que sejam furtos de coisas simples, pois sem esses registros não há como o juiz, ou promotor, aplicar as medidas sócio-educativas necessárias”, explica Ceuza Silva.  





Fonte: Tribuna do norte

quinta-feira, 22 de outubro de 2009



Ex-PM morto em Cidade Verde era da quadrilha dos Carneiro

Jefferson Lino atuava como motorista do bando e chego




O ex-policial militar Jefferson Lino de Souzaassassinado nesta quarta-feira (21), em uma borracharia no Cidade Verde, era membro da quadrilha de Valdetário Carneiro. Ele tinha cumprido pena por assalto a banco na Penitenciária Estadual de Alcaçuz e ganhou livramento condicional neste ano.

De acordo com o diretor da Administração Penitenciária do Rio Grande do Norte, capitão José Deques, Jefferson Lino passou vários anos presos. “No ano passado, ele entrou no semi-aberto e este ano ganhou livramento condicional. Mas, a acusação principal contra ele era assalto”, comenta.

Jefferson Lino atuava como motorista da quadrilha composta entre outros por Valdetário Carneiro, Paraguai, Cimar Carneiro, Wilson Coxinha, Xandinho, Arnaldo da Sinuca. A função de motorista, inclusive, ele também exercia paralelamente no Comando da Polícia Militar.



Um dos assaltos cometidos pela quadrilha e que teve a participação de Jefferson Lino foi realizado em Macau. O ex-policial militar foi excluído da corporação em 2003. Atualmente, ele estudava Direito, tendo inclusive, estágio em um escritório de Natal.

Segundo informações extra-oficiais, Jefferson Lino tinha envolvimento com o tráfico de drogas e teria sido executado por acerto de contas. Ele foi assassinado com vários tiros por dois homens em uma motocicleta, quando trabalhava em sua borracharia.



Fonte: .nominuto.com





Dois policiais militares foram presos na manhã desta quarta-feira (21) em Natal sob acusação de torturar e atirar em usuários de drogas “com o fim de obter informações sobre traficantes” da zona Norte da cidade. Os soldados Wendel Fagner Cortez de Almeida e Marcelo Galdino Galvão, ambos da 1ª Companhia do 4º Batalhão da PM, foram presos pelo major Lenildo Melo, comandante do Batalhão, assim que chegaram para trabalhar.

O major Lenildo cumpriu mandado expedido na segunda-feira (19) pelo juiz da 11ª vara Criminal de Natal, Jarbas Bezerra. “Fomos à Companhia e, de posse do mandado, prendemos os dois soldados. Eles foram levados para a carceragem do quartel geral do Comando da Polícia Militar, onde vão aguardar novas decisões judiciais”, explicou o oficial aoNominuto.com.

Os dois policiais começaram a ser investigados após denúncias de populares ao Ministério Público. O promotor de Direitos Humanos Eudo Rodrigues Leite disse aoNominuto.com que o no dia 5 de setembro passado, chamados por um outro policial, os dois soldados foram até à Redinha, na zona Norte, para “auxiliar em uma diligência”.

“Nessa diligência, eles agrediram gravemente as pessoas de Aleanderson Ramos de Morais, Carlos Augusto Brito da Silva, Vanilson Batista Ramos e Clemilton Roberto Matias de Santana por meio de disparos de arma de fogo, propositalmente efetuados em partes do corpo como pés, mãos e pernas, além de choques elétricos, chutes e golpes de cassetete, tudo com o fim de obter informações sobre traficantes de drogas da região, bem como aplicar-lhes castigo pessoal”, contou o promotor de Justiça.

Os policiais chegaram a levar os quatro homens, que segundo o promotor seriam usuários de drogas, para a Delegacia de Narcóticos (Denarc). “Na delegacia, foi instaurado procedimento de investigação em desfavor de Aleanderson Ramos de Morais, tendo a autoridade policial responsável concluído pelo não indiciamento, por insuficiência de provas”.

O titular da Denarc, Odilon Teodósio, relatou ao Ministério Público que “após a apreciação de todos os elementos colhidos, entendeu pela existência de fortes indícios de uma ‘articulação criminosa forjada’ (ou ‘flagrante forjado’), sendo a vítima Aleanderson Ramos de Morais gravemente violentada em sua integridade física e intelectual, por ato dos policiais militares ora representados”.

Diante do relatório de Odilon Teodósio, o promotor Eudo Rodrigues requereu o arquivamento do inquérito contra Aleanderson Ramos e remeteu cópias do que apurou ao juiz Jarbas Bezerra e ao Comando Geral da PM/RN para a apuração das agressões suportadas pelas apontadas vítimas.

Nominuto.com teve acesso ao mandado de prisão preventiva expedido pelo juiz Jarbas Bezerra. No documento, o magistrado diz que “de fato, os elementos dos autos fornecem fortes indícios da ocorrência do crime de tortura, seja com o objetivo de obter informação, seja com o intuito de aplicar castigo pessoal”.

O promotor Eudo Rodrigues solicitou que os soldados fossem presos preventivamente para “garantir a ordem pública”. “A garantia da ordem pública remete à destacada periculosidade dos envolvidos, associada à gravidade da conduta criminosa em análise, não sendo recomendável, neste momento, que tais agentes permaneçam livres”, escreveu o juiz no mandado.

Eudo Rodrigues disse ainda que “existem notícias de uma certa ‘habitualidade’ no proceder do agente Sd PM Wendell Fagner Cortez, verificada em outros episódios semelhantes, em que atos de violência foram praticados, no contexto de flagrantes supostamente forjados em razão de crime de tráfico de entorpecentes”.

Nominuto.com tentou entrar em contato com a advogada Kátia Nunes, que defende os soldados Wendel Fagner Cortez de Almeida e Marcelo Galdino Galvão na tarde desta quarta-feira, mas não obteve êxito.



Fonte: Nominuto.com