terça-feira, 22 de setembro de 2009

Policiais Militares cruzam os braços hoje por 24 horas


Os Policiais Militares do Rio Grande do Norte devem cruzar os braços pelo período de 24h, a partir das 8h de hoje. A paralisação se deve ao não andamento das negociações para o escalonamento dos soldos dos praças da PM. Hoje em dia, alunos-soldados, soldados e cabos estão recebendo o mesmo salário de R$ 465, o que vai de encontro a uma lei estadual.

Desde fevereiro os policiais militares, através de suas associações, tentam negociar com o governo do Estado a majoração dos salários, mas sem resposta objetiva, a paralisação de advertência foi marcada. “A orientação que estamos dando para todos é que vão para o clube (Tiradentes)”, disse o cabo Jeoás Nascimento, presidente da Associação de Cabos e Soldados da PM.

Segundo o cabo Jeoás, estão sendo esperados cerca de dois mil policiais militares na assembleia de hoje. De lá todos devem partir em caminhada até a Assembleia Legislativa, onde devem permanecer em manifestação. Isso porque, segundo eles, o presidente da Assembleia, Robinson Faria, se comprometeu a intermediar na negociação, o que não estaria acontecendo.

“Ele ainda ficou de marcar uma reunião com a governadora e até agora não fez nada”, disse o cabo Jeoás, sobre a atuação de Robinson Faria. O presidente da Associação explica que os PMs estão sempre recebendo informações sobre atitudes que seriam tomadas pelo governo, mas que todas são recebidas através de boatos.

“Até agora, de oficial, não aconteceu nada. Não chegou nenhuma proposta oficial à Associação. O governo está agindo de forma irresponsável porque está nos forçando a tomar uma atitude radical”, alegou o cabo Jeoás. O presidente da Associação de Cabos e Soldados disse que os policiais estão motivados a entrar no movimento, devido às incertezas que cercam a categoria.

Segundo o cabo, até mesmo uma formatura foi marcada de última hora pelo comando da PM, com o intuito de esvaziar a assembleia de hoje, o que segundo ele, não deve adiantar muito. “O pessoal está querendo ir é pra assembleia”, disse. Durante o movimento, o contingente nas ruas deve ser o mínimo, para evitar uma situação caótica no policiamento da capital. Uma parada por tempo indeterminado não está descartada para breve, caso não haja novidades sobre o aumento salarial dos policiais.   
Fonte;  Tribuna do norte

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